Aconteceu na tarde desta quarta-feira (24/07), na sede do Sindae, em Salvador, uma Oficina de Arpillera e uma Roda de Conversas para debater a vida das mulheres no contexto da emergência climática. 

O evento foi organizado por mulheres que compõem a Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia. 

Oficina de Arpillera é uma técnica têxtil que transforma o bordado em uma arte subversiva, que conta as histórias e lutas das mulheres contra a exploração da natureza, da violência patriarcal e todas as injustiças sociais. 

Segundo a UNICEF, organismo das Nações Unidas, que promove os direitos e o bem-estar de crianças e adolescentes, os impactos são evidentemente desproporcionais em relação às mulheres e meninas atingidas por desastres naturais. Além do mais, em boa parte do mundo, são essas mulheres e meninas as responsáveis pela produção de alimentos, pelo abastecimento de água e pelo cuidado com a família.

No Brasil, os efeitos climáticos impactam principalmente as regiões periféricas, com uma população predominantemente negra. Além disso, quando acontecem inundações, a exemplo do que se viu no Rio Grande do Sul, ou secas prolongadas, como ocorrem com frequência na região semiárida do Brasil, as responsabilidades sob as mulheres se tornam ainda mais árduas, aumentando o seu nível de vulnerabilidade.

Não bastasse essas dificuldades, as mulheres constantemente enfrentam obstáculos adicionais no acesso a recursos e oportunidades econômicas, o que as tornam mais suscetíveis aos impactos das mudanças climáticas.

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