Após discutir com operadores das duas empresas, o Sindicato solicitou à Cetrel e à DAC para implantar o turno de revezamento de 12 horas durante o período da pandemia do coronavírus, com o objetivo de reduzir os danos que essa crise provoca na saúde dos (das) trabalhadores (as). A adoção dessa nova escala de serviço reduzirá a quantidade de deslocamentos, enquanto permitirá mais tempo de descanso no intervalo das jornadas e consequentemente menos desgaste físico.

Essa alteração, sendo aceita, será incorporada ao aditivo recentemente firmado no acordo coletivo entre o Sindicato e as empresas. Nesse documento, e também após consultar os operadores, foi escolhida uma escala prevendo cinco turmas trabalhando num revezamento entre si, em turnos de oito horas, ficando sempre uma dessas turmas com intervalo de descanso de 14 dias. Ocorre que, após um período nesse sistema, a opção se mostrou estafante para quem não estava de folga.

Paralelamente ao pedido para alterar a escala de serviço, o Sindicato reivindicou que a Cetrel e a DAC paguem o auxílio alimentação, conforme previsto nos acordos coletivos, aos (às) empregados (as) colocados em trabalho remoto (home office). Isso porque o pessoal deixou de usufruir da alimentação fornecida nas empresas, tendo assim considerável incremento de despesas para a satisfação dessa necessidade básica.

A mudança no turno de revezamento também reduzirá gastos das viagens custeadas pelas empresas. Estas, por sua vez, não terão  despesa extra no pagamento do auxílio alimentação para quem está em trabalho remoto, pois deixam de custear a alimentação no ambiente de trabalho. São medidas, aliás, já incorporadas por várias empresas do Brasil para amenizar os efeitos da pandemia do coronavírus sobre os (as) trabalhadores (as), cuja atividade é fundamental para impedir que a crise sanitária tenha um efeito ainda mais devastador na crise econômica já instalada no país.