Gota D'água

Trabalhadores (as) da EMASA entram em Greve a partir da próxima semana

14/06/2024

Trabalhadores (as) da EMASA entram em Greve a partir da próxima semana

Nesta sexta-feira (14/06), o Sindae realizou uma assembleia geral extraordinária, com indicativo de greve, para deliberar sobre as negociações do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e Acordo Coletivo de Trabalho - ACT da EMASA. 

Desde o início deste ano, a Direção da EMASA vem protelando em apresentar uma proposta para a pauta de reivindicações da categoria, aprovada em assembleia extraordinária realizada em 18 de março, referente às cláusulas com impactos econômicos do ACT 2024/2025. Além disso, a empresa também desestruturou totalmente o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) elaborado pela ASSEMAE (Associação das Empresas Municipais de Saneamento) e queria empurrar “goela abaixo” a implantação do PCCS, sem nenhuma garantia de que traria algum benefício para os (as) trabalhadores (as).  

Após muita insistência do Sindae, só agora, na última quarta-feira (12/06), em uma absoluta demonstração de desrespeito com os (as) emasianos (as), a EMASA resolveu apresentar uma proposta fajuta e informar que não vai mais prosseguir com as negociações, em decorrência de impedimento legal do período eleitoral que não existe. Isso porque a EMASA, empresa de economia mista de direito privado, embora tendo o município de Itabuna como acionista majoritário, tem total autonomia para discussão e deliberação sobre o tema, acrescentando que os (as) empregados (as) da EMASA não são servidores (as) públicos (as), mas empregados (as) regidos (as) pela CLT.

É bom destacar que a categoria apresentou a sua pauta de reivindicações em março deste ano, sendo que a EMASA vem deliberadamente protelando o processo de negociação para prejudicar os (as) trabalhadores (as), algo inédito na história da empresa.

Para piorar a situação, os (as) trabalhadores (as) da EMASA estão com salários altamente defasados, por exemplo, recebendo bem menos do que os (as) empregados (as) da empresa terceirizada METRO, que, aliás, nos último três anos já levou da EMASA mais R$30 milhões, enquanto os (as) funcionários concursados (as) seguem com as suas condições de trabalho precarizadas e sem aumento que corrija a defasagem tanto salarial quanto da cesta de benefícios.  

Diante desse quadro, a categoria, em assembleia geral extraordinária, realizada nesta sexta-feira (14/06), aprovou por unanimidade paralisar as atividades por 24 horas na próxima quinta-feira (20/06), em decorrência da intransigência e má fé da empresa no processo de negociação, que teve claro objetivo de agir para causar danos para a categoria. 

Ainda, a categoria decidiu pela manutenção de uma assembleia geral extraordinária permanente. O Sindae também comunica que todo o processo legal de greve será respeitado, garantindo os serviços essenciais e os percentuais mínimos de 30% do pessoal.

O Sindae também convoca todos os movimentos sociais, estudantes, classe trabalhadora e população em geral para se somar a esta luta com uma caminhada no centro da cidade, com concentração na praça Olinto Leone (Banco do Brasil).

Vamos à luta!