Na tarde desta segunda-feira (02/09), no Parque Paulo Jackson, no Rio Vermelho, em Salvador, o Sindae se reuniu com a Diretora de Operação da Região Metropolitana - DM, Manuella Andrade, a Assessora da DM, Vanuza Pereira, e a Assessora da Diretoria de Gestão Corporativa - DG, Cássia Fortuna, para tratar das recentes denúncias de assédios sexual e moral naquele local.

Em resposta a essas denúncias, o Sindae realizou um protesto que paralisou o parque (aqui) na última quinta-feira (29/08). Durante a paralisação, a Diretora da DM, Manuella Andrade, e o presidente da Embasa, Leonardo Góes, entraram em contato com representantes do sindicato para negociar o fim do protesto. Para tanto, o presidente da Embasa se comprometeu em participar de uma reunião com o Sindae na tarde desta segunda-feira para tratar do tema, contudo, apenas a Diretora da DM apareceu. 

De acordo com informações passadas pela Assessoria da Presidência, Leonardo Góes foi chamado até o gabinete do governador, Jerônimo Rodrigues, e por isso não pode estar presente. Em decorrência disto, o Sindae vai aguardar um novo agendamento de reunião com a presidência da empresa, uma vez que se trata de um assunto de enorme urgência, relevância e que desmoraliza a Embasa frente à sociedade.

Casos não isolados

O Rio Vermelho é o parque da Embasa que mais tem chamado a atenção e clamado mais alto por socorro, sendo um estopim que desencadeou uma série de reclamações que chegam de vários locais do estado. Os relatos são que pessoas estão adoecendo em função de atitudes de gestores despreparados em saber lidar com a sua força de trabalho. Na oportunidade, o Coordenador Geral do Sindae, Grigorio Rocha, lembrou que em Senhor do Bonfim houve um caso emblemático de assédio moral, o que gerou uma ação civil pública, mas no final das contas a empresa não agiu devidamente contra os alegados assediadores.

De acordo com a Diretora da DM, as denúncias que chegam ao seu conhecimento são devidamente investigadas, inclusive, há uma sindicância que foi aberta no mês de agosto e outras preliminares em andamento para verificar possíveis situações de assédio moral no local.

Manuella ressaltou ainda que todos os casos de assédio que passaram pela DM foram devidamente apurados. Ela também afirmou que vai cobrar da Direção da Embasa que realize treinamentos com gestores, empregados (as) e prestadores (as) de serviços da empresa para lidar e prevenir esses tipos de situações.

Como encaminhamento desta reunião, ficou definido que neste mês será realizada uma palestra no auditório da UCE, no Rio Vermelho, sobre Assédio Moral e Sexual no ambiente de trabalho. O evento terá transmissão ao vivo via streaming para toda a Embasa.

Do lado do acolhimento do (da) trabalhador (a), o sindicato vai cobrar da Embasa que contrate uma empresa com profissionais externos para a realização de terapia em grupo e que se façam atendimentos preliminares dessas vítimas no parque com assistentes sociais e psicólogos (as).

Além disso, o Sindae vai exigir o afastamento imediato de gestores que estejam citados nesses casos de assédio.

Vamos à luta!