Gota D'água

Fiscais da Embasa reivindicam compensação pela violência enfrentada no trabalho

10/06/2019

A rotina não muda: ao sair de casa, o fiscal de serviço da Embasa sabe que precisa contar com a sorte, pois tem grande probabilidade de se deparar com um bandido no decorrer do dia, enquanto estiver exercendo sua atividade. Vai para a rua torcendo para não ser agredido e para ter sua vida preservada.

Este ano, todos os fiscais da empresa vinculados ao Parque da Federação foram vítimas de algum tipo de violência, seja assalto, agressão ou ameaça. Só de assaltos foram três. Os bandidos querem tudo, do dinheiro ao celular pessoal, passando pelo aparelho Mobile da empresa, usado para fotografar locais fiscalizados. Algumas vezes são confundidos com policiais e até explicar para os “meninos” que não são correm muito risco de morte.

Esse risco se espalha por diferentes ruas, praças e becos do amplo território de abrangência da UMF, que sai da Federação, pega a Barra, Graça, Garcia e chega até o bairro do Comércio. O crime hoje é epidêmico, não escolhe lugar, tanto existe no bairro pobre como no rico. Tem mais: dessa triste estatística estão fora as agressões e violência (que são constantes) praticadas por consumidores inconformados com o resultado da ação dos fiscais.

Por conta da gravidade da situação a que estão expostos, os fiscais (técnicos, monitores e agentes de manutenção) reivindicam da Embasa uma compensação. Citam, como exemplo, a remuneração extra que os Correios pagam aos carteiros, também submetidos à violência, na forma do Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta. São trabalhadores enfrentando riscos iguais e que, na rotina de trabalho, precisam conviver e suportar com o stress causado pela violência que grassa na sociedade.