Na busca por manter lucros elevados e compensar perdas em outros mercados mundiais, a Ford anunciou, semana passada, a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os (as) empregados (as) da montadora em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Embora a empresa não confirme, a imprensa tem especulado que o objetivo é o desligamento entre 500 a mil trabalhadores (as) pelo PDV até o final deste mês. Com sede nos Estados Unidos, a Ford é uma das maiores empresas do mundo, com fábricas em inúmeros países.

Recentemente a empresa havia anunciado o fechamento da sua fábrica em São Bernardo do Campo, São Paulo, resultado na perda de milhares de postos de trabalho direto e indireto. A justificativa da montadora para os desligamentos na unidade de Camaçari é “adequar o excedente da força de trabalho à atual demanda de mercado”. Ela tem ali 4,8 mil funcionários (as), além de outros 3,4 mil entre fornecedores e parceiros.

Ela recebeu vários incentivos fiscais do governo baiano para instalar uma fábrica em Camaçari, onde são produzidos os veículos Ford Ka, nas versões hatch e sedan, e o EcoSport, atendendo tanto o mercado interno quanto o externo. De acordo com Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a montadora e os trabalhadores acertaram há duas semanas um acordo de estabilidade por um ano, salvo desligamentos através do PDV.