No SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Valença, a situação atual tem gerado preocupação e incertezas entre servidores e a população. Na última sexta-feira, dia 07 de março, o prefeito Marcos Medrado, acompanhado de uma comitiva de vereadores, visitou a autarquia para inspecionar o maquinário do setor técnico e discutir demandas pendentes. Até aí, uma ação rotineira. No entanto, o que chamou atenção foi a ordem informal emitida pelo Procurador do Município, Dr. Fábio Nogueira, solicitando a suspensão imediata de todos os contratos do SAAE. 

O mais intrigante é que o diretor interino da autarquia, Paulo Vital, não foi consultado sobre essa decisão, o que levanta questionamentos sobre quem, de fato, está no comando do SAAE. Recentemente, a vice-prefeita estava conduzindo um processo de auditoria no órgão, mas o prefeito determinou sua interrupção. Agora, a pergunta que todos fazem é: quem realmente manda no SAAE?

A nomeação de um diretor interino, que enfrenta problemas de saúde, já era um ponto de preocupação. Agora, com a interferência direta do Procurador do Município, que emite ordens de suspensão de contratos sem considerar a gravidade das consequências, a situação se agrava. Será que essa suspensão afetará o contrato com a empresa responsável pelo fornecimento de insumos químicos, paralisando o abastecimento de água para a cidade? Ou os contratos com postos de gasolina, deixando a frota de veículos parada? E os sistemas de informática, essenciais para o atendimento ao público? 

Os servidores do SAAE estão cada vez mais apreensivos diante de tantas incertezas. A autarquia já enfrentou dificuldades na gestão anterior, e agora há o temor de que a situação possa se agravar ainda mais sob a administração de Medrado. A falta de transparência e a aparente descoordenação nas decisões levantam dúvidas sobre a capacidade de gestão e o respeito às estruturas de comando dentro do SAAE.

Afinal, quem manda no SAAE? O diretor interino, que parece não ter sido consultado sobre decisões cruciais? O Procurador do Município, que emite ordens sem considerar as consequências? Ou o prefeito, que parece intervir diretamente em processos internos? 

A população de Valença merece respostas claras e uma gestão transparente, que priorize o funcionamento adequado de um serviço essencial como o SAAE.