13/02/2025
O que pode estar prestes a acontecer na Embasa é um verdadeiro escândalo. A nova composição da Diretoria Executiva (DIREX), que será referendada em breve, já levanta enorme preocupação entre os (as) trabalhadores (as). Não bastasse a interferência política que historicamente assola a estatal, agora surge algo ainda mais grave: a possível nomeação de gestores que levaram a Embasa a ser processada por assédio moral coletivo e de pessoas indicadas por UM empresário que se comporta como se fosse o verdadeiro dono da empresa.
A denúncia não é nova. O Sindae já alertava há tempos para o crescimento da influência privada dentro da Embasa, onde empreiteiros passaram a ditar os rumos da estatal. Agora, os temores podem se confirmar com a possível promoção de figuras diretamente responsáveis pelo clima de terror psicológico vivido por muitos(as) trabalhadores(as) no passado. Como se não bastasse, há fortes indícios de que novas nomeações não são fruto de acordos políticos convencionais, mas sim de um poderoso empresário que possui contratos milionários dentro da estatal e que usa seu peso econômico para manipular indicações e beneficiar seus negócios.
Para se ter ideia da gravidade, um episódio já denunciado pelo Sindae ilustra bem essa prática. Em uma reunião, um ex-presidente da Embasa confessou a diretores da empresa e do sindicato que não poderia afastar um certo gestor acusado de assédio porque ele tinha um “pistolão”. E quem era esse padrinho poderoso? Um político? Não. Era um empresário que lucra alto com contratos na estatal. Isso é ilegal, imoral e inaceitável!
O mesmo empresário, cujos tentáculos se estendem por diversos setores do Estado, como o saneamento em Itabuna e Juazeiro, tem como 'modus operandi' a indicação de pessoas para cargos estratégicos dentro das estatais. O objetivo é claro: garantir que seus interesses privados prevaleçam sobre o interesse público, usando essas instituições públicas como balcão de negócios.
É alarmante como ingerência privada dentro da Embasa chegou a níveis absurdos. Gestores que tentam exercer sua função fiscalizatória são ameaçados diretamente por empreiteiros. Como denunciado por um trabalhador da empresa há pouco mais de três meses, sob anonimato: “Quando um gestor questiona as faturas das empreiteiras, o dono da empresa liga para Salvador e pede sua demissão”. Isso não é apenas um ataque à gestão pública, é um atentado contra a moralidade e a ética na administração estatal! Diante desse absurdo, o Sindae se posiciona com firmeza.
O Sindae está mobilizado e pronto para agir. É preciso imediata investigação do Ministério Público da Bahia, da Polícia Federal e de todos os órgãos de controle sobre essas movimentações suspeitas e os possíveis rastros de irregularidades deixados pela última gestão.
A categoria não ficará de braços cruzados. Se acham que vão transformar a Embasa em moeda de troca, estão muito enganados.
Vamos à luta