Gota D'água

Ato no CAB expõe descaso da Embasa e da Unimed com aposentados (as): saúde não pode esperar

26/11/2024

Ato no CAB expõe descaso da Embasa e da Unimed com aposentados (as): saúde não pode esperar

Na manhã desta terça-feira (27/08), trabalhadores(as) aposentados(as) da Embasa, juntamente com o Sindae, realizaram um ato em frente à sede da empresa no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O objetivo foi cobrar da Embasa uma resposta sobre o agendamento de reunião com a operadora de plano de saúde, Central Nacional Unimed (CNU), diante da insatisfação com o descaso e as condições insustentáveis impostas aos aposentados(as).

Após a mobilização, a comissão de representantes foi recebida pelo Diretor de Gestão Corporativa (DG), Jazon Junior, mas a conversa revelou o tamanho da negligência com que a empresa e a operadora têm tratado o tema. É inaceitável que a saúde de trabalhadores(as) que dedicaram décadas para construir uma das maiores companhias de saneamento do país seja tratada com tamanha precariedade.

Ato em frente à sede da Embasa 

Entre as principais pautas apresentadas estavam:

  1. Suspensão do reajuste anual previsto para 20 de dezembro, até a conclusão de estudos sobre o subsídio solicitado.
  2. Parcelamento da coparticipação, prática anteriormente permitida pelo plano anterior.
  3. Inclusão de um Plano Ambulatorial como alternativa mais acessível para aposentados(as) que não conseguem arcar com as mensalidades das opções atuais (apartamento e enfermaria), assegurando a possibilidade de retorno ao plano original.
  4. Relatório de sinistralidade dos aposentados, como base para maior transparência e diálogo sobre custos e reajustes.

A resposta da Unimed: frieza e descaso

A Unimed Nacional respondeu às solicitações de forma técnica e insensível, ignorando a realidade financeira dos(as) aposentados(as):

Negou a suspensão do reajuste, alegando que ele é indispensável para manter o equilíbrio econômico do contrato.

Recusou o parcelamento da coparticipação, justificando que não se enquadra no fluxo habitual de faturamento.

Alegou não dispor de produtos ambulatoriais, descartando essa alternativa mais acessível.

A justificativa foi sempre a mesma: proteger o “equilíbrio financeiro” da operadora, mesmo que isso custe a permanência de aposentados(as) no plano de saúde.

 

Reunião com o Diretor da DG, Jazon Junior

Embasa: estudos vagos e poucas garantias 

Durante a reunião, a Embasa informou que ainda está “em fase de levantamento” sobre alternativas como o subsídio das mensalidades ou a implantação de um modelo de autogestão para o plano de saúde. Não houve qualquer compromisso concreto com uma reunião entre os aposentados(as) e a Unimed.

Por outro lado, o Diretor Jazon Junior prometeu retomar o diálogo com a Unimed para reavaliar o parcelamento da coparticipação e a viabilidade de um plano ambulatorial, mas sem qualquer prazo ou garantia real de avanço.

Um futuro de luta

O Sindae e os(as) aposentados(as) seguem firmes na luta. Rejeitamos o desamparo e a exclusão financeira de quem construiu a Embasa ao longo de mais de 50 anos. Não permitiremos que novos reajustes empurrem ainda mais colegas para fora do sistema de saúde, colocando vidas em risco.

A mobilização continuará até que a Embasa e a Unimed apresentem soluções concretas e respeitem a dignidade de seus(as) aposentados(as). Essa batalha é por saúde, por direitos e, acima de tudo, por justiça.

Vamos à luta!