Mesmo considerando a queda nos indicadores epidemiológicos, com consequente diminuição da contaminação das pessoas pela covid-19, o sindicato alerta para a continuidade da pandemia e a necessidade de preservação dos trabalhadores maiores de 60 anos, mais vulneráveis a terem complicações pelo coronavírus. 

Ainda que com a estabilidade do número de casos e mortes, cerca de 600 pessoas tem falecido todo mês na Bahia em decorrência da contaminação pelo Covid-19 e não se sabe o número de casos assintomáticos não registrados nos dados oficiais da SESAB. Com o período eleitoral e o relaxamento das medidas de proteção e do distanciamento social, há grande temor entre os especialistas de uma segunda onda da pandemia, que deve ser bem mais grave que a primeira, a exemplo do que está ocorrendo na Europa e nos EUA.

No sentido de buscar uma ação preventiva e apostando na cautela frente à pandemia, o Sindae encaminhou documento para o presidente da Cerb, Antônio Matos, onde pede que seja suspenso o retorno às atividades presenciais dos trabalhadores (as) do grupo de risco. A medida é necessária, uma vez que 70% dos cidadãos que apresentam comorbidades estão na faixa etária de risco (maiores de 60 anos), e um dos fatores que favorece a disseminação do vírus é a aglomeração. Apesar do decreto do governo do estado pelo retorno imediato desses (as) trabalhadores (as), a empresa não está plenamente preparada para recepcionar esses empregados (as) com as devidas adequações dos ambientes como, por exemplo, a sanitização das salas; o distanciamento entre as mesa e ventilação, além da definição de rodízio entre os trabalhadores (as) para evitar aglomerações.

O sindicato também cobra a realização de testes de portabilidade do covid-19 (PCR) naqueles cujo trabalho presencial seja imprescindível para empresa, fornecimento de máscaras e escudos faciais translúcidos para todos e garantia de transporte individualizado custeado pela empresa àqueles que não têm condução própria.