Gota D'água

Direção da Embasa desrespeita categoria ao não responder proposta sobre o PPR 2019

27/05/2020

Direção da Embasa desrespeita categoria ao não responder proposta sobre o PPR 2019

Diante do silêncio inexplicável e desrespeitoso da empresa, uma nova cobrança de resposta sobre o Programa de Participação nos Resultados – PPR 2019 foi encaminhada pelo Sindicato à direção da Embasa, nesta quarta (27), decorrida uma semana de ocorrida a reunião da Direx que discutiu – ou deveria discutir- o assunto.

A reunião foi realizada no último dia 20 e ela ficou de apreciar a proposta feita pela categoria, em negociação feita dias antes por representantes da empresa e do Sindicato, e a qual prevê o pagamento parcelado do benefício (uma parcela em maio e outra após a publicação do balanço).

No ofício encaminhado nesta quarta, o Sindicato expõe a necessidade da empresa responder à proposta pelo necessário respeito à categoria que cumpriu sua parte ao realizar as metas estabelecidas, ano passado, exigindo agora o cumprimento da obrigação de quitar o benefício, conforme o que está previsto em acordo feito pela própria empresa e aprovado em assembleia pelos (pelas) trabalhadores (as). 

A direção da Embasa precisa entender que os (as) trabalhadores (as) continuam garantindo serviços essenciais à população e estão sendo bastante afetados pela soma das crises de saúde e da economia, uma vez que as famílias sofreram perda de rendimentos e está com custos maiores para alimentação e medicação.

Também está sendo cobrada explicação legal sobre o levou a empresa não publicar o seu balanço patrimonial em abril, no prazo habitual, uma vez que um mês antes (25 de março) o Conselho de Administração da Embasa publicou no Diário Oficial do Estado que todos os documentos e relatórios administrativos, patrimoniais e financeiros da empresa se encontravam à disposição dos acionistas. Uma prova de que o balanço estava pronto e disponível, conforme exige a Lei 6.404/76, só faltando sua publicação.

As alegações feitas ao Sindicato de que a empresa está respaldada na Medida Provisória 931 para postergar a publicação do balanço, “por força da pandemia e da eventual mudança do margo regulatório do setor de saneamento”, não se justificam.

A pandemia do coronavírus chegou ao Brasil em março, não tendo relação alguma com o desempenho da empresa em 2019, e o marco regulatório do saneamento tem dois anos tramitando no Congresso Nacional também não guarda nenhuma relação direta com o balanço do ano passado.

Sujeira, desrespeito e crueldade –

O Sindicato repudia com veemência as informações recebidas de que, em reunião de Diretoria, superintendentes com o corpo gerencial e assessores, realizada recentemente, foi dito que a empresa não iria pagar o PPR mesmo estando numa situação financeira confortável, melhor que as demais empresas do setor. Um caso típico de confisco e deslealdade com a categoria.  

Pior é que, além de concordar com tal postura, um gerente defendeu a demissão de aposentados (as), inclusive sem o pagamento do Prêmio Aposentadoria, justificando que nada produzem. O flagrante de puxa-saquismo patronal é revelador da falta de respeito com pessoas que há décadas contribuem para fazer da Embasa o que ela é, que se constituem na memória viva da empresa e do saneamento da Bahia e que ainda devem contribuir muito, sendo fundamentais num momento de crise sanitária como a que enfrentamos agora.

Mostra a falta de valor ao ser humano, sendo próprio de alguém que pouco importa em descartar uma pessoa como se fosse um mero objeto, esquecendo que em breve estará na condição de aposentado e que pode ser vítima de tão vil crueldade, típica do fascismo que assola o Brasil nesses tempos tão sombrios.