Gota D'água

Sindicato responde ofício da Embasa e cobra pagamento do PPR

06/04/2020

Sindicato responde ofício da Embasa e cobra pagamento do PPR

Em ofício encaminhado nesta segunda-feira (6) [acesse aqui] à Embasa, a direção do Sindicato se posicionou contrária à proposta de adiar o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR), citando que, além de ser fruto de um acordo fechado em 2018, o benefício é a alternativa de muitos (as) trabalhadores (as) para enfrentar o aumento de alimentos, a compra de remédios e ajudar familiares que perderam o emprego ou ficaram sem renda diante da crise do coronavírus. Dentro desse quadro, informa que a categoria aguarda que o pagamento ocorra conforme o previsto, até a primeira quinzena de maio.

Diz, ainda, que nada se justifica adiar para o segundo semestre deste ano o debate sobre o pagamento do PPR, como deseja a empresa. Honrar o compromisso é ter sensibilidade de agir nesse momento de crise para proteger a renda dos (das) trabalhadores (as) e familiares, em vez de tirar proveito da pandemia para atacá-los e enfraquecê-los, jogando a conta para o lado mais fraco num momento bastante difícil. Lembra que várias empresas já pagaram esse benefício, como a Cetrel e DAC, no último dia 2, e a Coelba em 30 de março, além de que muitas pessoas assumiram compromissos tendo no PPR como única alternativa para pagá-los.

Ainda na resposta à empresa, o Sindicato cita que os (as) trabalhadores (as) fizeram muito esforço para cumprir as metas exigidas em 2019 e, com isso, fazerem jus ao benefício, sendo que esse mesmo espírito e mesma energia estão ajudando a Embasa a superar o desafio de melhor atender a população quando esta mais precisa de saneamento para se proteger da doença. Pede que, neste momento de crise sanitária, seja reforçado o diálogo com o Sindicato para que alternativas conjuntas sejam construídas, oferecendo o máximo de informações à classe trabalhadora.

Na atual conjuntura criada pelo coronavírus, dois blocos de pensamento estão formados: um que se utiliza da crise para vilipendiar direitos dos (das) trabalhadores (as), ampliando a exploração em proveito de grandes empresários e banqueiros, e outro que entende a importância de protegê-los de modo que a repercussão se propague na sociedade como um todo, ajudando-a enfrentar a doença e preservando a cadeia produtiva, através da manutenção dos empregos e da renda. O Sindicato revela que espera a adesão da direção da Embasa a essa segunda corrente de pensamento.