Várias entidades dos servidores municipais estão protestando, inclusive com manifestações nas ruas, desde que a Câmara de Vereadores de Juazeiro aprovou no último dia 10 o projeto de reforma previdenciária municipal. O projeto foi encaminhado pelo prefeito Paulo Bonfim (PCdoB), em pleno recesso legislativo, pegou a sociedade de surpresa e não abriu espaço para o diálogo. A justificativa é a mesma do governador Rui Costa para mexer na previdência estadual: adequar a legislação local à reforma feita por Bolsonaro.

Não é isso que as entidades entendem e por isso vão questionar na justiça. Sindae, Sinserp, Assogestram, Sintrab-Saúde, APLB, Sintase, Associação de Aposentados e Pensionistas, dentre outras entidades, fizeram assembleias conjuntas e decidiram entrar com ações pedindo a anulação do projeto. Tem uma trágica coincidência: se não for anulada, a reforma entra em vigor em primeiro de maio, Dia do Trabalhador. Um inesperado “presente de grego” à classe trabalhadora.

O prefeito teria prazo até julho próximo para fazer a chamada “adequação” da previdência municipal à federal, mas nem quis o diálogo. A reforma aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição de servidores ativos e inativos e altera para pior as regras do auxílio doença, salário maternidade e pensão por morte, dentre outros benefícios.