O clima sempre foi ruim entre a comunidade e a Marinha, mas desde 25 de novembro, quando seu José Isídio, ou “Seu Vermelho”, um senhor de 89 anos foi assassinado, tudo piorou no Quilombo Rio dos Macacos. Lideranças comunitárias denunciam que desde ali casas estão sendo arrombadas e estranhos percorrem os caminhos da vila, deixando as famílias apavoradas.

Em nota à imprensa, a associação dos remanescentes do Quilombo informa que “episódios de terror e violência acontecem à medida que o processo de titulação do território avança. Estamos pedindo socorro! Medidas de proteção tem que ser acionadas e efetivadas urgentemente dentro do nosso território. Vamos resistir!". A comunidade vive numa área que a Marinha do Brasil reivindica para si, mas a justiça já determinou que o Incra conclua o processo de titulação das terras em favor dos quilombolas. 

Em tempo: até agora a polícia não concluiu o inquérito que apura o assassinato de “Seu Vermelho”, morto por golpes de machadinha. A polícia diz que o crime teria sido cometido por uma pessoa que devia R$ 5 mil à vítima, mas não revelou a identidade do assassino.