Gota D'água

Encontro de urbanitários (as) em Salvador vai discutir contra-ataque às privatizações de Bolsonaro

13/01/2020

Com foco em salvar a Eletrobras e as companhias de saneamento do programa de entrega (e privatização) do governo Bolsonaro, urbanitários (as) de todo o país se reunirão em Salvador nos próximos dias 21 e 22. Não são missões fáceis: as empresas dos dois setores têm sido bombardeadas por sucessivos ataques privatistas desde o governo do golpista Michel Temer. Do setor elétrico pouca coisa restou além da Eletrobras, e do saneamento o governo está colocando num pacote só todas as empresas estaduais.

A difícil missão de encontrar alternativas para esses ataques será a tônica dessa reunião em Salvador, que marca a retomada dos históricos encontros nacionais de urbanitários (as) e que, agora, vai comemorar o primeiro mês de criação da tão sonhada Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), fundada em 19 de dezembro do ano passado, em Brasília. Tem motivo de euforia: a confederação surge após 10 anos de intensa luta para sua concretização.

Temas dos mais importantes estão na pauta do Encontro, que vão servir de base, logo em seguida, para os debates nos coletivos nacionais de energia e saneamento. Já estão agendadas palestras com o economista e ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, do deputado federal Afonso Florence (PT-Ba), da economista Ana Georgina, do Dieese, além de intervenções e debates com Gustavo Teixeira e José Fernandes (vão tratar do setor elétrico), Abelardo de Oliveira e professor Luiz Roberto Moraes (sobre o saneamento), além do diretor da Embasa, César Ramos, que enfocará a situação da empresa frente o Projeto de Lei 4162, que tramita no Congresso Nacional e cujo objetivo é abrir o setor à iniciativa privada. A agenda contempla, ainda, questões da mulher trabalhadora e das campanhas salariais.

Vale salientar que até o fechamento deste boletim ainda tinha, em alguns estados, a exemplo do Pará e Minas Gerais, trabalhadores (as) de saneamento lutando pelo fechamento de acordos coletivos do ano passado. Isso mostra o quanto será duro o cenário de nossa próxima campanha salarial.