Gota D'água

Desastres naturais mataram milhares de pessoas em 2019 e causaram prejuízo de US$ 140 bilhões

13/01/2020

Estudo sobre alguns dos principais desastres naturais ocorridos no ano passado dezenas de bilhões de dólares em prejuízo, conforme estimativa apontada pela organização não governamental britânica Christian Aid. A lista inclui vários tipos de eventos, como tufões, inundações, incêndios florestais etc. Ela se baseou em relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU), estudos científicos e informações divulgadas pela imprensa. A estimativa é de que a série de catástrofes tenha provocado prejuízo em torno de 140 bilhões de dólares no ano passado.

Nessa relação que mostra a natureza em fúria, pelo menos 15 eventos relacionados às mudanças climáticas causaram, cada um, um prejuízo superior a um bilhão de dólares, e sete deles superaram 10 bilhões de dólares. Ela relacionou fenômenos meteorológicos extremos, alimentados pelas mudanças climáticas, que atingiram todos os continentes em 2019 e resultaram na morte e no deslocamento de milhões de pessoas.

Num planeta que vive cotidianamente sofrendo desastres, muitos deles provocados pela ação humana, os fenômenos listados pela organização realimenta nossa memória. Sete dos grandes desastres que estão lista e que causaram prejuízos superiores a 10 bilhões de dólares: inundações no norte da Índia, o tufão Lekima, na China, o Furacão Dorian, na América do Norte, as inundações de junho a agosto na China, inundações no meio-oeste e sul dos Estados Unidos; o tufão Hagibis, no Japão, em outubro, e os incêndios florestais na Califórnia, de outubro a novembro.

No estudo também estão as inundações acontecidas na Argentina e no Uruguai, em janeiro do ano passado e que causaram danos de US$ 2,5 bilhões. As áreas afetadas receberam chuvas cinco vezes maiores que a média, um ano depois de uma seca severa. Variações acentuadas pelas mudanças climáticas e solos secos agravam as consequências.

Outro exemplo de catástrofe analisada foi o ciclone Idai, que devastou uma cidade de Moçambique em março. Ele foi, de acordo com os cientistas, reforçado pelo aquecimento do Oceano Índico, enquanto o aumento do nível do mar agravou as inundações que se seguiram. Já os estragos provocados pelo ciclone Fani, na Índia e em Bangladesh, em maio, são estimados em mais de US$ 8 bilhões.

Levando em conta as vidas humanas perdidas, a ONG enfatiza que "a imensa maioria das mortes foi causada por apenas dois eventos: as inundações no norte da Índia, com 1,9 mil mortes, e o ciclone Idai, em Moçambique, com 1,3 mil mortos”. Ela lembra que são as populações mais pobres que sempre pagam o preço mais alto pelas consequências das mudanças climáticas.