Gota D'água

Cerb informa que não tem como avançar no acordo coletivo

18/11/2019

Em reunião com diretores da Cerb na última quarta (13), o Sindicato cobrou resposta sobre as negociações do acordo coletivo de trabalho deste ano e do PPD, além de discutir outros assuntos. O presidente da empresa, Antônio Matos, disse a posição do governo estadual impede qualquer avanço econômico nas negociações com os (as) trabalhadores (as).

Como ele insistiu que a proposta que pode ser feita é a de manutenção dos acordos (inclui o do PPD), o Sindicato pediu que essa proposta fosse oficializada – e colocada junto com a minuta das negociações - para que então possa convocar uma assembleia e discutir com a categoria. Esperamos que isso ocorra ainda esta semana.

Em relação ao afastamento de aposentados (as), pedimos a Matos para esclarecer os termos de uma resolução de diretoria informando o desligamento de pessoal não concursado. Ele explicou que é determinação do governo reduzir o quadro da Cerb e colocá-lo em conformidade com o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Disse ainda que não sabe quantas pessoas serão afastadas, pois um estudo ainda está em andamento.

O Sindicato contestou a forma do desligamento, informando que a Cerb precisa criar formas de amparar trabalhadores (as) que serão desligados (as). Lembrou, inclusive, que recentemente funcionários (as) afastados (as) arbitrariamente retornaram às suas funções. Quanto aos empregados não promovidos, um grupo de 17, a empresa repetiu que o processo continua em análise na Procuradoria Geral do Estado.

Outro tema de debate na reunião foi o processo de reestruturação. O Sindicato cobrou que pelo menos 50% dos cargos em comissão sejam ocupados por empregados (as) próprios, ao que o presidente da Cerb informou que o grande problema é a falta de disposição dos (das) funcionários (as) efetivos (as), pois existem casos que exigem a transferência de pessoa para outra cidade e ninguém se dispõe a isso, aliado ao fato de que o valor da gratificação é considerado baixo para o grau de responsabilidade desses cargos.

A ampliação das centrais de abastecimento também foi abordada no projeto de reestruturação, cobrança feita por várias comunidades do interior. Matos disse que foi criada uma gerência específica e que projetos serão analisados e posteriormente discutidos com a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, pois dependem da disponibilidade de recursos no orçamento.