Gota D'água

Procuradores do trabalho tentam mediar solução sobre desmonte da Petrobras

14/10/2019

Além de mobilizações e protestos realizados pelos petroleiros na semana passada, mais uma iniciativa tenta conter o ímpeto do desmonte da Petrobras na Bahia está marcada: nesta terça (15) o Ministério Público do Trabalho fará uma mediação sobre os impactos sociais da transferência de empregados da sede da Petrobrás em Salvador para outros estados. Na última sexta (11) houve uma passeata da categoria da unidade da Pituba até o Shopping da Bahia.

A direção da empresa decidiu reduzir sua presença na Bahia, fechando fábricas e encerrando as atividades na sede administrativa que funciona na Pituba, onde atuam 1,5 mil trabalhadores (as) do próprio e 2,5 mil terceirizados (as). Para parte desses, está dando a opção de transferência para o Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Para outra, o temor é de demissão.

Deboche – Em audiência pública na Câmara dos Deputados, na última terça (8), o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, disse que “a culpa da saída da Petrobrás da Bahia é da mãe natureza”. Ele não demonstrou nenhuma sensibilidade para a questão social provocada pelo desmonte da empresa no estado (e no Nordeste) e também causou surpresa pela falta de justificativas para essas medidas.

Para muitos deputados, um deboche, a tal ponto que Castello Branco não se furtou a encontrar outro culpado, ao dizer que “os trabalhadores da Petrobrás são infantilizados”. Ninguém entendeu esse comportamento, mas assim ele permaneceu, motivando vários protestos de deputados e petroleiros presentes na audiência.