Gota D'água

Trabalhadores da Embasa e da Cerb farão passeata de protesto até a Governadoria na próxima sexta

09/09/2019

Trabalhadores da Embasa e da Cerb farão passeata de protesto até a Governadoria na próxima sexta

As reuniões se sucedem, o Sindicato faz propostas para abrir caminho para o acordo mas a Embasa não muda de postura: de forma autoritária, quer impor a coparticipação no plano de saúde. Na Cerb as negociações estão paradas há tempos e não tem reajuste salarial há quatro anos. A perda do poder aquisitivo é grande. Nas duas empresas falta perspectiva para o fechamento do acordo coletivo.

Por isso, um protesto conjunto será realizado na próxima sexta (13), às 9 horas, com passeata saindo da frente da Embasa, passando pela Cerb e indo parar diante da Governadoria, onde haverá um ato. Vamos cobrar do governador Rui Costa respostas para essa situação. Uma caravana de empregados (as) da Embasa e da Cerb de Feira de Santana virá para a manifestação. Também haverá transporte nos parques da Embasa na capital e região metropolitana (como de costume).

Embasa – No último dia 3, o Sindicato apresentou uma contraproposta para o fechamento do acordo coletivo ao advogado que a empresa contratou para representá-la. Ele ficou de entregar à diretoria da empresa para depois responder. Não houve resposta até agora. Diante disso, a Diretoria Ampliada do Sindicato decidiu por visitas aos parques da Embasa para conversar com a categoria, quando avisou da manifestação dessa sexta. A impaciência com a empresa cresce junto com a revolta.

Nossa contraproposta – Na última reunião mantivemos a contraproposta prevendo reajuste de 5,07% no salário e benefícios de ordem econômica, exceto o auxílio alimentação, para o qual é pedido o valor de R$ 39,00. Na tentativa de resolver o impasse das negociações (a empresa quer impor a coparticipação), propomos a criação de uma comissão mista para, num prazo de 180 dias, estudar a criação de uma fundação para gerir a assistência médica e odontológica dos (das) trabalhadores (as).

O Sindicato tem sustentado, ao longo dos últimos anos e da atual negociação, para a necessidade da Embasa analisar a implantação da autogestão no plano de saúde, como forma de atender melhor aos (às) empregados (as) e reduzir custos. Isso porque existem muitos entraves e instabilidades no mercado das operadoras dos planos de saúde, e que várias empresas do ramo de saneamento, e mesmo o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª. Região, têm recorrido à autogestão para evitar problemas.

Vale destacar, ainda, que a proposta do Sindicato tem como base o relatório da comissão instituída pela empresa para analisar o plano de saúde. A comissão concluiu não haver problema de sustentabilidade no atual contrato da operadora de saúde, de modo que o debate da coparticipação não precisa ser feito com urgência.