FOTO: ACERVO SINDAE

Parafraseando a velha máxima “só se vê na Bahia”, a coisa na Embasa parece não ter fim, mesmo após um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público do Trabalho. O desrespeito às normas de segurança é permanente.

Na cidade de Antônio Cardoso, região de Feira de Santana, a estação de tratamento de água recém inaugurada foi entregue com vários problemas, a começar pelo laboratório, onde não tem cadeira, o que aumenta a penosidade de quem enfrenta uma jornada de 12 horas de trabalho, nem que seja para assinar o livro de ocorrência. Aliás, falta muito mais ali, como a casa do operador, uma estrutura mínima que lhe permita, inclusive, fazer refeições.

A escada de acesso à plataforma de monitoramento dos filtros está fora das normas e o piso com tela oferece risco, pois os pontos de solda ficaram como um “pano costurado”. Ali também falta lavatório de olhos, chuveiro de emergência e extintor de incêndio, enquanto a iluminação é inadequada. A única coisa positiva a se destacar ali é o visual da bacia do Rio Paraguaçu.

A Unidade de Feira de Santana, a qual pertence a ETA, precisa dar prioridade ao setor de Segurança do Trabalho, dando-lhe autonomia para visitar a estação e verificar se existem outras anomalias. Aliás, uma inauguração que contou com a presença do Diretor do Interior, Ubiratan Matos, não era para deixar irregularidades iguais a essas, até porque, se o MPT aparecer por lá, haverá problemas e punições.