Gota D'água

Quarta e quinta é dia de luta! - Intransigência da Embasa impede acordo no Ministério Público. Vamos parar de novo

05/08/2019

Quarta e quinta é dia de luta! - Intransigência da Embasa impede acordo no Ministério Público. Vamos parar de novo
FOTO: ACERVO SINDAE

O comportamento descabido da diretoria da Embasa, com uma intransigência que surpreendeu até mesmo o experiente procurador Pacífico Rocha, deixou patente que a empresa buscou a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para tentar retardar e legitimar o corte em conquistas históricas dos (das) trabalhadores (as) através de um novo acordo coletivo. A audiência de mediação aconteceu na última sexta (2), na sede do MPT, foi bastante longa e difícil mas, infelizmente, a Embasa protagonizou um impasse.


 

Único fruto do esforço da mediação, uma nova audiência foi marcada para o dia 20, se até lá não surgir acordo. O procurador também pediu que a comissão que discutirá o plano de saúde tenha uma pauta específica, mas isso vai depender da vontade da empresa em dar transparência aos dados. Ela quer impor a participação agora, discutindo apenas as regras do pagamento. E não é assim...

Como a Embasa segue o caminho de dificultar o acordo coletivo, a categoria deve seguir a sua luta e, com esses sinais de intransigência da empresa, deve mais do que nunca se unir. Por maioria absoluta, em assembleias realizadas no começo da semana passada, a categoria aprovou paralisação de advertência por 48 horas nas próximas quarta e quinta (7 e 8), com novas assembleias dias 14, 15 e 16. Não vamos esmorecer: até aqui, temos demonstrado uma união mobilizadora e que certamente nos levará a algum resultado positivo.

Até aqui, de concreto, as negociações do acordo estão assim: a Embasa manteve a proposta de reajuste salarial de 5,07% e igual índice nos auxílios educação, material escolar, filho especial e funeral, mas condicionado à aceitação da coparticipação do plano de saúde. O Sindicato, por sua vez, reafirmou a proposta anterior.

Criança tinhosa - Paciente e apresentando várias alternativas, o procurador tentou vencer a intransigência da empresa com algumas propostas, sem sucesso. O “nó” da questão é que a Embasa quer porque quer, tal qual criança tinhosa, impor a coparticipação no plano de saúde, descumprindo o acordo em vigor e sem querer discutir com a categoria. Da nossa parte, está mais do que claro que isso significa redução de salário quando se analisa o conjunto da proposta dela para o fechamento do acordo coletivo.

A empresa não assume o erro de não ter instalado antes a comissão para discutir a coparticipação, tal como previsto no acordo coletivo em vigor. Também reduziu a participação do Sindicato na comissão que deve tratar do tema e não quer disponibilizar inteiramente os dados sobre sinistralidade no plano de saúde (ela alega que é alta, e que isso torna cara a assistência médica, mas não apresenta documentação).