Gota D'água

Greve tem sucesso total e paralisa o país. Nossa categoria está de parabéns

17/06/2019

Greve tem sucesso total e paralisa o país. Nossa categoria está de parabéns

A classe trabalhadora, mais uma vez unida com estudantes, professores e outros segmentos sociais, mostrou que está mais viva do que nunca e que está disposta à luta. Essa é a síntese do que foi a greve geral realizada na última sexta (14) e que parou o país de ponta a ponta. Foi dito um “NÃO” retumbante à reforma da previdência, ao desemprego, ao corte nas verbas da educação e, claro, ao crime da turma da Lava Jato contra Lula e contra a democracia.

Em Salvador, por exemplo, a cidade ficou esvaziada, com jeito de feriado, e o centro só ficou cheio à tarde, quando foi tomado por uma enorme caminhada de protesto que saiu do Campo Grande e rumou até a Praça Castro Alves. Além de estampar protestos contra o fim da aposentadoria, o desemprego em massa, contra o golpe na educação, e os retrocessos em diversos campos, a manifestação foi tomada por cartazes denunciando as criminosas manipulações do então juiz Sérgio Moro e da turma de procuradores na Operação Lava Jato.

Trabalhadores (as) da nossa categoria estão de parabéns. Em geral, participaram ativamente da greve não indo trabalhar, seja em Salvador e no interior. Unidades da Embasa, Cerb e Saae’s ficaram paradas. A categoria também se fez presente nos atos de rua, numa participação que merece todo o destaque.

Enquanto a greve transcorria, emissoras de rádio e tevê tentavam destruí-la, dizendo de estavam acontecendo paralisações parciais. Não foi o que se viu. Estima-se que mais de 45 milhões participaram do protesto, em mais de 300 cidades do país, numa proporção bem maior do que em atos anteriores. Forças policiais foram utilizadas para reprimir manifestantes. Até a justiça “colaborou”, impondo multa a sindicatos para intimidá-los.

A greve teve tanto sucesso que na mesma tarde de sexta-feira foi apresentado um relatório sobre a proposta da reforma da previdência. Amenizou um pouco a crueldade ali contida, mas continua cruel. Por isso, as centrais sindicais não descartam novas manifestações pelo Brasil. É preciso lutar pelo direito à aposentadoria, à educação, em defesa da democracia, contra as privatizações das riquezas naturais e contra o desemprego.