Gota D'água

Embasa retoma negociação e faz primeira proposta para acordo coletivo

10/06/2019

Pelo menos dessa vez não houve desculpa e aconteceu a negociação do acordo coletivo com a Embasa, na última quinta (6). De lá surgiu a primeira proposta: a empresa ofereceu 5,07% de reajuste salarial, tão somente, mantendo como está o restante do acordo, inclusive as demais cláusulas econômicas.

O que a empresa está oferecendo é apenas o reajuste salarial pela inflação dos últimos 12 meses, conforme o INPC - IBGE.

Para justificar a proposta a empresa alegou as dificuldades da conjuntura, em especial a ausência de recursos a fundo perdido para investimentos demandados pelos municípios, as dificuldades para captação de empréstimos, as complicações geradas pela alteração do marco legal do saneamento pelo Congresso Nacional e a pressão pela privatização no setor. 

Para o plano de saúde, ela propõe a inclusão da coparticipação, alegando que essa é uma exigência do Conselho de Administração. O Sindicato deixou claro que qualquer discussão de coparticipação no plano de saúde deve ser acompanhada de uma contrapartida financeira para os trabalhadores, caso contrário se trataria de pura e simples redução de salário. Além disso, lembramos que a coparticipação já é paga pela empresa ao plano de saúde, mas pela proposta da direção da Embasa esse custo seria repassado para os trabalhadores sem nenhuma contrapartida, prejudicando especialmente aqueles com menores salários.

A equipe do Sindae ressaltou ainda que a Embasa tem hoje uma boa condição econômica, como demonstrado no último balanço publicado no mês de abril, e por esse motivo entende que é possível avançar na negociação. De toda sorte, ficamos de trazer a proposta da empresa para discussão na diretoria ampliada e dar uma resposta em breve para a retomada da negociação em data a ser definida.
Na reunião a empresa informou ainda que a posição do governo do estado é retirar do acordo coletivo o Prêmio Aposentadoria e que a janela de 60 dias que vai ser aberta no segundo semestre deste ano será a última. O Sindicato lembrou que no ACT essa cláusula não é econômica e que não está em negociação este ano, por isso nem sequer consideraria tal hipótese nesta negociação, rechaçando de pronto esta posição.